Você com certeza já ouviu falar de haicai, estilo poético tradicional japonês que lembra uma pintura em palavras, da qual uma ideia emerge quase à mão, porém permanece fugaz. Noite. Um silvo no ar, Ninguém na estação. E o trem passa sem parar. (Guilherme de Almeida) O estilo tem sua tradição e história peculiar, praticamente inacessível para quem não fala japonês e entende a cultura do país. O próprio nome sofreu transformações históricas e hoje é transliterado principalmente como haiku. Não importa. Esse texto não é sobre haicais, e sim sobre a inspiração que se pode extrair deles. Quem já se propôs a criar sabe que muitas vezes a obrigação é uma asa. Ao decidir produzir "haicais" fajutos em trilhas e caminhadas, inspirados somente na brevidade e imageticidade do estilo japonês, me vi observando melhor algumas imagens mentais tais como elas vinham. Menos raciocínio, mais apreciação. O resultado de alguns desses exercícios – demasiado pessoais e um tanto sem graça sem as explicações – apresento abaixo. Meu intuito ao divulgá-los não é para aproveitamento na leitura, e sim para incentivar o mesmo exercício de observação interior. Por que não lançar mão de algumas palavras para "fotografar" um próximo passeio?
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Setembro 2018
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Sobre a páginaUm espaço pessoal para compartilhar, sem compromissos, paixões por passeios e pela escrita.
Sobre MimRodrigo Bahia, carioca que alterna carreira jurídica mundo afora com os prazeres e descobertas da filosofia e da literatura.
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